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Escolas municipais de Porto Velho preparam alunos para serem cidadãos

15/Mar/2022 - 09:24

Capital oferta mais de 45 mil vagas na rede municipal de ensino, espalhadas entre 141 escolas; dia da Escola é visto como data de reflexão por gestores

A escola exerce dois papéis fundamentais na sociedade: socializar e democratizar o acesso ao conhecimento e promover a construção moral e ética nos estudantes. Esses papéis compõem a formação de pessoas conscientes, críticas, engajadas e com potencial de transformação de si mesmas e da sociedade. Nossa reportagem ouviu algumas pessoas importantes nesse processo todo, tais como gestores públicos, professores e também os pais e responsáveis pelos alunos da rede municipal de ensino. O Município de Porto Velho hoje é gestor de 141 unidades escolares. São mais de 45 mil alunos/famílias recebendo educação infantil e básica, nas zonas urbana e rural, uma responsabilidade que tem o propósito de direcionar o futuro do estado de Rondônia.

“A criança é o futuro da sociedade. Trabalhar para um futuro melhor, uma sociedade mais justa e um país mais próspero deve necessariamente passar por um investimento direto nas gerações futuras, ou seja, as crianças”,refletiu o prefeito em exercício, Mauricio Carvalho.

Para a secretária de educação da rede municipal de ensino, Gláucia Negreiros, o papel da escola na formação do cidadão é essencial para o bom funcionamento da sociedade. “De todo educador e de toda instituição da educação básica é esperada atenção especial a esse propósito social e, ainda mais após a aprovação da base nacional comum curricular, esse princípio deve nortear cada etapa do processo de aprendizagem. Portanto, mais que educação, oferecemos um futuro melhor para nossas crianças e o lugar onde vivemos. No dia da Escola, é importante refletir tudo isso”, comentou a secretária.

O caminho e desenvolvimento da individualidade

“A escola é o ambiente primário da socialização fora da família, sendo um dos espaços primordiais para a construção da personalidade de cada um. Cada indivíduo que ingressa na escola tem a oportunidade de construir as próprias opiniões, compartilhar ideias e, em último lugar, formar a própria personalidade, aprendendo o respeito, o amor, a dedicação, então é dentro do ambiente escolar, juntamente com a família, que se forma o ser humano”, explica a diretora Andrea Valéria Ferneda Batista, da Escola Municipal Antônio Ferreira da Silva.

Diante desta visão, a socialização escolar é fundamental para desenvolver a autonomia da criança, que aprende a reproduzir as relações sociais e, a partir da convivência, consegue construir seu próprio modo de pensar e existir em sociedade. “É esse trabalho que levará à formação de indivíduos críticos. Nós, os professores, também aprendemos muito com a convivência na escola. Passamos o dia inteiro na presença de alunos, muitas vezes trabalhamos em três turnos diários, portanto, temos uma segunda família na unidade escolar. É um vínculo grandioso na vida de uma pessoa, pois além de construir conhecimento, contribui para o amadurecimento pessoal”, conclui a professora Regilands Lelo Ferreira, que leciona na Escola Antônio Ferreira.

Márcio Lima, pai do aluno Isaque Lopes, que com apenas 07 anos já freqüenta a sala do terceiro ano no Antônio Ferreira, busca o filho todos os dias na porta do colégio. Ele disse que ele e sua mãe também foram alunos nessa mesma escola, localizada no bairro São Cristóvão. “Tenho ótimas recordações da minha época, a merenda, as professoras, o futebol e as brincadeiras no recreio, foi um tempo muito bom, inesquecível, que ficou marcado na minha infância e vai ficar na memória do meu filho também, com certeza”, contou o pai do Isaque.

A professora Keila Gonçalves, que trabalha há 14 anos na mesma escola, considera o lugar muito importante para a formação e vivência de todos. Para ela, todo mundo que passa pela escola aprende a ser mais humano e a ter mais objetivos na vida. “Aqui na escola nós recebemos crianças com necessidades especiais ou espectro do autismo, e esse momento em que elas vêm para cá, é de suma necessidade, pois é o inicio da socialização dessas crianças. É uma inclusão educacional que pode transformar a vida desses alunos. A gente partilha momentos de ensinamentos e aprendizagens, isso é muito especial pra mim, como professora. A escola, definitivamente, é o meu lugar no mundo e tenho certeza que de muitas crianças, adolescentes, jovens e adultos também. Aqui, se constroem cidadãos. Viva a nossa escola!”, concluiu.

Texto: Géri Anderson

Comunicação SEMED

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